O ser humano anda longe da perfeição. Um dos nossos maiores defeitos, sob o meu ponto de vista, é a falta de capacidade de nos pormos no lugar dos outros. Temos uma dificuldade exagerada em compreender o próximo, entender e aceitar os seus problemas, desafios, as suas tristezas. Acho que sou particularmente boa a fingir que consigo compreender o ponto de vista dos outros. Eu sei que consigo ser manipuladora e sei que tenho um efeito estranho nas pessoas. Inicialmente não sabem bem se gostam de mim mas quando me deixam entrar nos seus corações é difícil esquecerem-me e ultrapassarem o efeito que tenho nelas. Isto porque eu não arranjo problemas, não falho em nada. A minha única falha é nem sempre dar a entender claramente os meus sentimentos mas isso prende ainda mais as pessoas especialmente do sexo oposto.
Descobri isto sozinha mas vou partilhar, o que as pessoas querem é alguém que as confunda, alguém que as faça feliz ou que lhes dê a esperança de uma felicidade futura. Não interessa sermos perfeitas, super divertidas, simpáticas e inteligentes se não soubermos prende-los. E para prendê-los temos que fazer com que precisem de nós. Começamos por ser muito simpáticas, quase perfeitas e quando eles começam a desconfiar introduzimos um defeito ou somos teimosas ou somos tímidas ou não sabemos o que queremos, qualquer coisa que nos torne humanas. Depois, o truque é trata-los super bem mas sem nunca darmos tudo. As mulheres querem ser tratadas como princesas mas os homens gostam de ir à conquista e de sentir que há um desafio. Este desafio pode ser algo tão simples como uma rapariga que se expõe dificilmente, uma rapariga que em determinados momentos é a melhor pessoa do mundo mas depois é uma seca. Uma rapariga que sem ser muito meiga lança um olhar meigo, sedutor, sensual e familiar que os deixa a desejar mais. Tem que ser tudo muito suave, tudo muito calmo, um processo de sedução. O toque final divide-se em duas partes, a primeira é faze-lo ver que queremos exactamente o que ele quer e que sentimos o mesmo que ele para que se sinta seguro e posteriormente criar um desafio à nossa volta e afastarmos-nos um pouco. Experimentem, vão ver como resulta. Dêem-lhes o que eles querem sem eles se aperceberem disso.

Não quero estar presa. Quero liberdade, quero estar com outras pessoas, não quero pressão!! Mas se é para estar presa então que haja romance, que haja sexo, que haja qualquer coisa! Mas não há nada. És a pessoa mais seca de sempre. Se amanhã não me disseres nada no sábado recebes uma mensagem e não vai ser agradável! Achas que estou para isto? Ou queres ou não queres!!!!!


Entendido?

Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.

(Augusto Cury)


Há bastante tempo que tenho uma ideia fixa na cabeça: vai acontecer alguma coisa muito grave. Por algum motivo, tenho a certeza de que um dia vou descobrir que tenho uma doença terrível, um problema de saúde grave.
Sou estranha, distante, vazia, fraca...não tenho energia, não tenho alegria ou força. Acho, já há bastante tempo, que há algo de muito errado comigo. Sinto-me tão sozinha que é quase insuportável, sinto que ninguém gosta realmente de mim e parece-me que tudo o que faço afasta cada vez mais as pessoas da minha vida. Sou fria, dura, implacável mas frágil e fácil de derrubar, daí ser estranha. Quero ser feliz e tenho momentos de felicidade mas a verdade é que na maior parte do tempo me sinto simplesmente perdida, sinto-me a flutuar na vida sem viver realmente.

Tenho esta ideia fixa de que se for analisada por um psiquiatra e um neurologista pelo menos um deles vai encontrar alguma coisa errada. Talvez seja apenas impressão minha, talvez seja apenas uma forma fácil de justificar as minhas falhas mas é o que sinto. É uma tristeza profunda que me assombra quase sempre apesar de ter alguns momentos de "lucidez" sinto-me quase sempre profundamente vazia, profundamente só.

Ás vezes acho que me identifico muito com o meu tio, ele é como eu...tento não cometer os mesmos erros que ele mas parece uma daquelas histórias em que há uma tentativa de fugir ao destino e ele nos persegue sempre.
Eu sei que ninguém sente a minha falta, eu sei que estás comigo há um mês mas é como se não estivesses, eu sei que os meus amigos não se lembram de mim, eu sei que os meus pais, tios, primos e avós preferem a minha irmã a mim. Eu sei que as pessoas só se dão comigo se não tiverem outra hipótese. Gosto de pensar que é por eu ser diferente e especial mas a verdade é que sou apenas estranha e desagradável. Sou um daqueles casos sem remédio, uma daquelas pessoas de quem toda a gente tem pena e que ninguém tenta ajudar em vez disso, ficam a olhar enquanto me enterro cada vez mais. Tu não percebes que eu não falo porque não tenho palavras, que não sou carinhosa porque não sinto nada, que não sou divertida porque não sou feliz. Tu tens a obrigação de me fazeres sentir feliz e em vez disso ignoras-me, ages como se eu não estivesse aqui.
A verdade é que talvez não esteja mesmo...afinal, não há nenhuma prova da minha existência.

Ás vezes sinto-me mesmo inexistente.






É como se não passasse de mais uma pessoa, é como se não fosse de forma alguma o alguém de alguém.


Sou insegura, infantil, idiota, sonhadora, esperançosa e, de certa forma, destruída, vazia de conteúdo ou qualquer tipo de sentimento.


Sinto-me abandonada, esquecida a um canto como um trapo velho.

A culpa é toda minha! Sou a maior idiota que existe no mundo e agora estou presa numa relação sem futuro, sou ignorada por ti sempre! Ajes como se eu não existisse, como se eu não significasse nada! Nunca tens tempo para mim, nunca tens vontade de estar comigo! És um idiota e eu sabia disso não sei como pude esquecer-me, não sei como pude fechar os olhos e esperar que corresse tudo bem quando sabia perfeitamente que não ia correr nada bem e que eu é que ia acabar a chorar, eu é que ia acabar triste, desiludida e a dar cortes a pessoas interessantes por tua causa! Tinha tomado decisões, sabia o que queria e tu vens e estragas tudo e metes-te em tudo! Só quero que desapareças da minha vida, que me deixes em paz! Se não me queres porquê que quiseste começar isto, porquê que me meteste nisto?! Estou farta de ti e das tuas tretas! Estou farta que não te faças um homem de uma vez por todas e assumas o que queres e as tuas decisões. Não sou um brinquedo para quando te apetece! Fazes com que duvide de mim própria, com que faça coisas que não quero fazer! Obrigas-me a ser uma pessoa que não quero ser e não suporto isso! Podias ter comprado a merda dos materiais noutro dia qualquer até podias comprar para a semana mas não! Tinha que ser no dia em que era suposto estares comigo. Estou farta de ti e das tuas brincadeiras!

Sempre fui insegura. Não me recordo de muitos momentos de segurança na minha vida.
Eu quero que tenhamos uma oportunidade a sério. Ás vezes sinto-me insegura porque tu és muito diferente de mim...ou talvez sejas muito igual. Somos os dois confusos, inseguros e temos os dois imenso medo de errar, de falhar, de desiludir toda a gente e de nos desiludirmos a nós próprios. Aquilo que me deixa mais insegura em ti é o facto de compreender perfeitamente o que pensas e o que sentes mas sem dúvida que a tua forma de gostar é diferente e isso também me dá algum medo. "...so porque alguem nao nos ama da forma que gostamos , isso nao significa que esse alguem nao nos ame com tudo o que pode".
Eu gosto da tua maneira de gostares de mim e gosto muito de ti.

Eu sei que é uma estupidez e que provavelmente não tenho motivos para isso mas tenho imenso medo de te perder. Tenho medo de ser humilhada por ti outra vez, que me substituas outra vez, que mudes de ideias outra vez...tenho andado tão feliz...tão nas nuvens! Gostava de estar sempre assim mas muitas das vezes não consigo porque não paro de pensar na possibilidade de alguma coisa correr mal, só não quero ser magoada ou que brinquem comigo. Por favor, não o faças. Gosto muito de ti.